Por: Abdon Barretto Filho | *ABF
📸 FOTO: IMAGEM ILUSTRATIVA
A palavra gênesis significa origem ou princípio e o livro de Gênesis é um livro de inícios.
É o primeiro livro tanto da Bíblia Hebraica como da Bíblia Cristã.
O Dilúvio, o Noé e sua arca são relatados no livro de Gênesis e
pode ser lembrado após a maior tragédia climática do Rio Grande do Sul.
A teoria do dilúvio de Noé aponta que, quando a última era glacial da Terra terminou, os derretimentos das calotas polares fizeram com que as águas do Mediterrâneo se elevassem, resultando um dilúvio catastrófico.
A história da Arca de Noé nos conecta com nossa responsabilidade com meio ambiente e todos seres vivos.
Foram quarenta dias e quarenta noites de chuvas que exterminaram a vida na Terra.
Depois do dilúvio, Noé “abriu a janela que tinha feito na arca e soltou o corvo, o qual, tendo saído, ia e voltava até que as águas se secaram sobre a terra".
“Depois, soltou a pomba para ver se as águas já teriam minguado sobre a superfície da terra, mas a pomba, não achando onde pousar a pé, tornou a ele sobre a arca; porque as águas cobriam ainda a terra.
Noé, estendendo a mão tomou-a e a recolheu consigo.
Esperou ainda outros sete dias e de novo soltou a pomba fora da arca.
À tarde, ela retornou a ele; trazia no bico uma folha nova de oliveira; assim, entendeu Noé que as águas tinham minguado sobre a terra.
Então, esperou mais sete dias e soltou a pomba; ela, porém, já não tornou a ele.”
Pode-se concluir que enquanto o corvo ia e voltava estava voando ao redor da arca.
É bom lembrar que o corvo é uma ave necrófaga alimentando-se de restos orgânicos, cadáveres de outros animais, pequenos mamíferos, insetos, caracóis, lagartos, rãs, vermes e outros invertebrados.
Um verdadeiro banquete para o corvo.
Provavelmente, o Noé não pegou o corvo porque deveria estar contaminado.
A pomba tem alimentação básica com grãos e frutas e Noé esperava que ela voasse mais distante da arca e sua missão foi completada com sucesso ao retornar com o ramo de oliveira e, depois, ao não retornar à arca.
A pomba não precisava da arca para sobreviver e Noé pôde completar sua missão.
A história bíblica pode ser lembrada durante a maior enchente no Rio Grande do Sul que prejudicou milhares de pessoas e os mais diversos comportamentos humanos.
Alguns são exemplos de solidariedade e outros são ações negativas e repugnantes, incluindo desvios das doações e utilizações dos aspectos trágicos em propagando política.
A imprensa livre informa.
Na maior tragédia climática do Rio Grande do Sul que atingiu 95 % dos Municípios Gaúchos, são registradas demonstrações de apoios de todo o Brasil e do exterior com toneladas de doações e trabalhos realizados.
Cenas emocionantes com imagens que ficarão na História do Brasil registradas nos mais diversos meios de comunicação.
Confirmam a força da natureza e alertam que somos inquilinos do Planeta Terra.
Os trabalhos para reconstruir áreas urbanas e rurais já começaram com a união de todos e os indispensáveis investimentos.
O fenômeno turístico está se adaptando e as viagens para os destinos serão retomadas.
Enquanto isso, alguns seres humanos se identificam com a pomba ou com o corvo.
Será?
Respeitam-se todas as opiniões contrárias.
São reflexões.
Podem ser úteis.
Pensem nisso.
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*ABDON BARRETTO FILHO
Economista e Mestre em Comunicação Social
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