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Aumento nas hospitalizações e óbitos por gripe alerta para importância da vacinação

Foto do escritor: Redação Cidade de Gramado OnlineRedação Cidade de Gramado Online

Atualizado: 12 de jul. de 2024

Dados do monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul apresentam um número 37% superior nas internações e 22% maior nos óbitos em relação ao mesmo período do ano passado


📸 ANA IMPERATORE | ASCOM SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE RS

O Rio Grande do Sul registrou no primeiro semestre de 2024 mais hospitalizações e mortes causadas pela gripe.


Neste ano, dados do monitoramento da Secretaria da Saúde (SES) apresentam um número 37% superior nas internações e 22% maior nos óbitos em relação ao mesmo período do ano passado.


Os números são um alerta para que a população que ainda não se vacinou contra o vírus influenza procure as Unidades Básicas de Saúde (UBS) para fazer a dose anual.


Há ainda vacinas disponíveis em todos os municípios do Estado destinadas para a população acima dos seis meses de idade.


A gripe é uma das doenças respiratórias que apresentam maior circulação nesta época do ano.


Hábitos relacionados ao frio, como a maior permanência em espaços fechados e com pouca ventilação dos ambientes, facilitam a transmissão de microrganismos, principalmente vírus, a exemplo do influenza.


Por isso, a perspectiva é que os casos e óbitos relacionados à doença sigam aumentando.


Vacinação


A campanha anual contra a gripe influenza começou em março para os grupos prioritários, sendo aberta em maio para a população em geral. 


No Rio Grande do Sul, foram aplicadas cerca de 2,6 milhões de doses este ano.


A cobertura chegou a 46% nos grupos de crianças, gestantes, puérperas, idosos com 60 anos ou mais e indígenas.


A meta preconizada pelo Ministério da Saúde é vacinar 90% desses públicos.


Esses números da vacinação contra a gripe podem ser acompanhados pelo painel do Ministério da Saúde, onde também podem ser aplicados filtros por município e públicos prioritários.


Gripe Influenza 2023 x 2024 no RS


  • 2024 (semanas 1 a 28 - 31/12/23 a 9/7/24)  

  • Hospitalizações: 1.323 (37% a mais que no ano passado)

  • Óbitos: 153 (22% a mais que no ano passado)

  • 2023 (semanas 1 a 28 – 1/1/23 a 15/7/23)

  • Hospitalizações: 969

  • Óbitos: 125


Os dados estão disponíveis no Painel de Hospitalizações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) da SES.


Perfil dos casos


Idosos e pessoas com comorbidades são aquelas que apresentam maior risco de desenvolver quadros de saúde graves quando infectadas pelo vírus influenza, ainda mais quando não vacinadas.


Entre as hospitalizações, 63% foram de pessoas com alguma comorbidade (como doenças crônicas respiratórias, cardíacas e imunológicas).


Em relação aos óbitos, esse público representou 88%.


As pessoas com 60 anos ou mais, por sua vez, representaram 51% das internações e 78% dos óbitos.


Tendência de aumento


A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) produz boletins quinzenais com o monitoramento de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG), como são chamados os casos de hospitalização por problemas ou dificuldades respiratórias.


No informe mais recente, com dados até o final de junho, a análise apresentada coloca o Rio Grande do Sul como um dos estados com tendência de aumento para casos e óbitos, enquanto a maioria dos demais aponta para um cenário de estabilidade ou queda.


Os dados usados pela Fiocruz referem-se às SRAG em geral, que englobam, além do vírus influenza, causas como a covid-19 e o vírus sincicial respiratório (VSR).


No Rio Grande do Sul, até o momento neste ano, a gripe representa 16% das hospitalizações e 21% dos óbitos.


A covid-19 é responsável por 15% das internações e 39% dos óbitos, enquanto o VSR refere-se a 23% das hospitalizações e 5% das mortes.


Sintomas e transmissão


Febre, tosse, calafrios, dor de garganta, coriza e dor de cabeça são os sintomas mais presentes nas infecções respiratórias.


A qualquer sinal de agravamento, as pessoas devem procurar atendimento.


Além da vacinação, outras medidas preventivas também podem ajudar a diminuir a transmissão de vírus respiratórios, cuja transmissão acontece principalmente por meio de gotículas ao falar, espirrar ou tossir.


A ventilação dos ambientes e o cuidado com pessoas sintomáticas são medidas que contribuem para a redução da contaminação.


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