Por: Abdon Barretto Filho | *ABF
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Nos fundamentos das ciências econômicas, são apresentados alguns conceitos que podem ajudar no planejamento e nas gestões das finanças públicas e pessoais.
Para análise, em primeira instância, observa-se o efeito demonstração e o efeito “cremalheira” aplicados
nas demandas e nas ofertas de bens e/ou serviços, inclusive na Economia do Turismo.
O Efeito Demonstração ou Imitação é a tendência dos países de menor desenvolvimento socioeconômico de tentar reproduzir em seu território os hábitos de consumo e de vida dos países mais desenvolvidos, acarretando pressões sobre as importações.
É um fenômeno onde as populações menos desenvolvidas ou com menor nível de renda tendem a imitar os padrões de consumo e estilo de vida de países ou populações mais ricas e desenvolvidas.
Essa imitação pode levar a um aumento na demanda por bens e/ou serviços que não produzidos localmente, resultando em um aumento das importações e, consequentemente, em um déficit na balança comercial.
Além disso, pode pressionar as finanças públicas, caso o governo sinta-se compelido a oferecer bens e/ou serviços semelhantes aos oferecidos em países desenvolvidos.
As viagens internacionais são bons exemplos.
Muitas pessoas desejam conhecer destinos turísticos no exterior ignorando os atrativos nacionais.
São liberdades de escolhas e as disponibilidades de recursos financeiros.
Entretanto, se não existem rendas, tendem aos endividamentos.
Convém salientar que o equilíbrio entre a renda e o consumo é fundamental para manter-se saudável no mercado.
Se a renda é maior que o consumo pode até poupar e investir.
Se a renda é inferior ao consumo, os sinais da pobreza aparecem e ameaçam.
O Efeito Cremalheira é utilizado para descrever a tendência de aumento das despesas públicas, especialmente em despesas sociais, que não retrocedem após um período de expansão.
Em outras palavras, quando há um aumento nas contribuições sociais ou nos benefícios oferecidos pelo Estado, esses níveis de despesas tendem a se manter elevados mesmo após o fim das condições que justificaram seu aumento inicial, como uma crise econômica ou uma campanha eleitoral.
Esse efeito pode ser explicado por fatores políticos e institucionais, como as resistências das populações e dos beneficiários aos cortes nos benefícios ou pela estrutura burocrática e legal que torna difícil reverter aumentos de gastos.
No caso das finanças públicas, os problemas das dívidas ficam para os próximos governos.
Logo, salvo melhor juízo, compreender as variáveis econômicas é salutar para entender as irresponsabilidades nas gestões públicas e privadas das finanças.
Será?
Respeitam-se todas as opiniões contrárias.
São reflexões.
Podem ser úteis.
Pensem nisso.
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*ABDON BARRETTO FILHO (FOTO)
Economista e Mestre em Comunicação Social
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