*Por: Voltencir Fleck FOTOS: COMUNICAÇÃO PREFEITURA DE GRAMADO/JUNHO 2022
Toda vez que ocorrem temporais, com chuva forte, queda de árvores e deslizamentos surge a notícia da “mobilização do Meio Ambiente, Obras e Defesa Civil de Gramado para sanar os danos causados”, o que não poderia ser diferente.
Estranho não ter observado nada, ao longo dos anos, em se tratando de preocupação efetiva que vise um estudo referente as áreas de risco na cidade, afinal, temos vários locais com residências construídas em encostas, ou será que estou enganado?
Gramado cresce rapidamente, por vezes, dando a impressão que extrapola-se os limites da natureza, então é importante que este assunto seja observado na mesma proporção deste crescimento, considerando, principalmente, que além de perigosas para as vidas humanas, as construções inadequadas em encostas podem provocar o assoreamento de rios e córregos por causa da erosão e do desbarrancamento.
Que bom que não se tem notícia de catástrofes ou deslizamentos com mortes em Gramado.
Mas nunca é demais lembrar que existem pessoas que acreditam que o tipo de solo da encosta, formado por terra, vegetação e rochedos, elimina a possibilidade de deslizamentos, o que não é verdade.
E não sendo verdade, caso ocorram habitações construídas em áreas de risco ou em locais irregulares a incomodação, certamente, vai passar pelo Poder Público, tornando-se foco de discussão e brigas judiciais.
Minha curiosidade é sobre o que a cidade de Gramado faz, ou fez nos últimos anos, para monitorar as áreas de risco?
Dois ditados populares que cabem, perfeitamente, aqui, caso não exista realmente nenhum estudo sobre as áreas de risco em território gramadense:
“não dá pra lembrar de Santa Bárbara
somente no momento da tempestade” e “é melhor prevenir do que remediar”.
As intempéries ninguém segura, mas uma tragédia é possível evitar.
Importante pensar e, claro, agir diante este assunto.
* Voltencir Fleck
Radialista e Jornalista
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