POR: *ABDON BARRETTO FILHO
FOTO: *ABF | ARQUIVO PESSOAL
Em 9 de dezembro de 1983, o Sitio Arqueológico de São Miguel Arcanjo, popularmente conhecido como “ Ruínas de São Miguel das “Missões” foi declarado pela UNESCO Patrimônio Mundial, juntamente com os sítios missioneiros argentinos de San Ignácio Mini, Sant’Ana, Nuestra Señora de Loreto e Santa Maria La Mayor.
Em 2023, completa 40 anos do reconhecimento mundial da importância histórica e cultural do local que atrai visitantes o ano todo.
No Programa de Regionalização do Turismo, a Região Turística denominada Rota Missões é compostas dos seguintes Municípios por ordem alfabética, a saber: Bossoroca, Caibaté, Cerro Largo, Entre-Ijuís, Giruá, Mato Queimado, Porto Xavier, Roque Gonzales, Salvador das Missões, Santo Ângelo, São Borja, São Luiz Gonzaga, São Miguel das Missões, São Nicolau, São Paulo das Missões,São Pedro do Butiá e Vitória das Missões.
Observa-se o grande interesse para o desenvolvimento do Turismo Cultural, com reuniões, seminários, pesquisas, projetos, entre outras ações, muitas vezes interrompidas e descontinuadas por uma série de motivos.
Desde do reconhecimento mundial, a Região turística vem ocupando a mídia nacional e internacional.
Visitar e caminhar pela Missões é conhecer um dos grandes capítulos da história do Rio Grande do Sul.
Em seus quatro sítios arqueológicos - São João Batista, São Miguel Arcanjo,São Lourenço Mártir e São Nicolau, vemos os resquícios da saga dos jesuítas, que buscavam converter os índios Guaranis à fé cristã, expostos na arte sacra e nas ruínas, que são os maiores destaques das visitas ao local.
O Espetáculo Som & Luz, em São Miguel Arcanjo, que conta a história dos Sete Povos das Missões é a atração indispensável para quem tem interesse nos acontecimentos que são referências para a civilização ocidental, principalmente nas disputas territoriais entre Espanha e Portugal.
Em 2017, foi apresentada ao mercado mundial de turismo, durante a FITUR de Madri, a Ruta Jesuíta, com as participações dos Órgãos Oficiais da Argentina, Bolívia,Brasil, Paraguai e Uruguai.
Foram distribuídos folhetos e realizados negociações com operadores internacionais e imprensa especializada. Infelizmente, muitas ações foram interrompidas pelas mudanças políticas e as trocas de técnicos, gerando descontinuidade de uma série de propostas indispensáveis, principalmente na promoção e divulgação do Destino Turístico.
Na realidade, o desenvolvimento do fenômeno turístico depende de Políticas, Programas, Projetos e Gestões profissionais capazes de estruturarem as ofertas e ações constantes nos mercados emissores, atraindo visitantes e preservando os aspectos geográficos, históricos, culturais e equipamentos e serviços.
Para as empresas e entidades, a falta de continuidade das ações e as repetidas horas técnicas de consultorias devem diagnosticar os motivos das interrupções dos bons projetos e buscar melhores resultados com aumentos de fluxos de visitantes.
Afinal, o Turismo Cultural precisa de turistas e menos reuniões sobre o mesmo tema.
Será ?
Respeitam-se todas as opiniões contrárias.
São reflexões.
Podem ser úteis.
Pensem nisso.
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*ABDON BARRETTO FILHO (FOTO)
Economista e Mestre em Comunicação Social
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