A pista tem 1.500 metros de comprimento por 30 de largura, é maior que a do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, que tem 1.350 metros, e recebe aviões Boeing 737 e Airbus A320
POR: VOLTENCIR FLECK
*JORNALISTA FOTO: PREFEITURA MUNICIPAL DE TORRES
Não há dúvida alguma que o desenvolvimento econômico do Litoral Norte e, por consequência, das demais regiões próximas - tanto no Rio Grande do Sul quanto do Sul de Santa Catarina, será fortalecido sobremaneira à partir de duas grandes obras: a retomada do Aeroporto Regional de Torres e o Porto Meridional de Arroio do Sal.
Me permito pensar além das Regiões consolidadas: Hortênsias - São Francisco de Paula, Canela, Gramado, Nova Petrópolis, Picada Café e Caxias do Sul, e da Uva e do Vinho - Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Caxias do Sul, Pinto Bandeira, Farroupilha, Flores da Cunha, André da Rocha, Antônio Prado, Casca; Caxias do Sul, Coronel Pilar, Cotiporã, Fagundes Varela, Guaporé, Marau, Monte Belo do Sul, Nova Araçá, Nova Bassano, Nova Pádua, Nova Prata, Nova Roma do Sul, Protásio Alves, Santa Teresa, Santo Antônio do Palma, São Marcos, São Valentim do Sul, São Vendelino, Serafina Corrêa, União da Serra, Veranópolis, Vila Flores; Vila Maria, Vista Alegre do Prata.
É importante observar os municípios de Cambará do Sul - distante aproximadamente 132Km de Torres, São José dos Ausentes - distante aproximadamente 120Km de Torres, Bom Jesus - distante aproximadamente 160Km de Torres e Jaquirana - distante aproximadamente 165 Km de Torres, ou seja, uma região ainda pouco conhecida será apresentada aos milhares de turistas que chegarão ao nosso Estado pelo aeroporto de Torres e terão o privilégio de conhecer os verdadeiros "Caminhos da Neve do Rio Grande do Sul".
Sobre um aeroporto, que parece estar mais próximo de acontecer, há pelo menos 30 anos escuto comentários e sugestões referente a construção de um local que surgisse como uma alternativa para o Salgado Filho, de Porto Alegre.
Entre as ideias de locais e cidades para "a obra que faria a diferença para a economia e o Turismo" comentou-se muito na época, e hoje voltam à tona, o Aeroporto das Hortênsias, em Canela; o Aeroporto de Vila Oliva, em Caxias do Sul e o Aeroporto 20 de Setembro, nas proximidades de Nova Santa Rita e Portão.
FOTO: DIVULGAÇÃO
De repente surgiu o aeroporto de Torres, inaugurado em 1998 (FOTO), para ser a alternativa ao Salgado Filho para o transporte de passageiros e de cargas, e com isso ocorreram muitas críticas, picuinhas, politicagem e brigas de egos, pouquíssima atenção, tanto que somente agora é observado para justificar, realmente, a sua construção.
Desde então, nada aconteceu, a não ser reuniões para marcar novas reuniões, sugestões e comentários.
Vamos ser sinceros?
Faltou vontade política e, há que se considerar, fazendo a "mea culpa", também empresarial, ou será que estou enganado?
Não quero entrar em detalhes sobre o que penso do passado, nem comentar sobre as reuniões que participei, afinal, agora mais do que nunca é preciso olhar para a frente e resolver de maneira urgentíssima a falta de um aeroporto, questão responsável por desempregar centenas de pessoas nas cidades onde o Turismo acontece.
Agora é a hora de fazer acontecer, "desencantar", tirar do papel o tão esperado e falado aeroporto, que se tivesse sido observado ao longo dos últimos 30 anos não teria causado, hoje, tanto transtorno para a economia gaúcha, atingindo o Turismo em cheio.
A pista do aeroporto de Torres tem 1.500 metros de comprimento por 30 de largura.
É maior que a do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, que tem 1.350 metros, e recebe aviões Boeing 737 e Airbus A320.
Especialistas consideram Torres a melhor alternativa emergencial a Porto Alegre, inclusive por sofrer menos com nevoeiro nesta época do ano - período de inverno.
O aeroporto de Torres está localizado na Estrada do Mar, na ERS-239, a 15 Km do centro da cidade, a cerca de duas horas e 30 minutos da Região das Hortênsias , a aproximadamente três horas e 30 minutos da Região da Uva e do Vinho, e a duas horas de Porto Alegre.
Parece distante, não é mesmo?
Então vamos lá.
Vale lembrar que, em muitos momentos, mesmo com a operação normal do Aeroporto salgado Filho leva-se o mesmo tempo ou mais no trânsito entre a capital e os municípios da Serra Gaúcha, citados acima - "onde o Turismo acontece".
FOTO: DIVULGAÇÃO
FOTO: LEONÍDIO GAEDE | ITATI - RS
Além do que parece óbvio diante das informações aqui apresentadas sobre o aeroporto de Torres, defendo que esta seja a principal alternativa por imaginar o encantamento do turista na viagem entre o município do Litoral Norte e a Região das Hortênsias, por exemplo, passando pela BR-101, subindo a Rota do Sol - por entre os túneis (FOTO), e logo a seguir, olhando a direita, observar um pouco dos "nossos cânions" (FOTO) que, com certeza, o fará querer saber mais sobre o que existe por trás destas montanhas, tendo um pouco mais adiante os nossos Campos de Cima da Serra, com a cidade de Cambará do Sul distante aproximadamente 30Km do acesso à Rota do Sol (próximo de Tainhas) e, logo a seguir, São Francisco de Paula, Canela , Gramado e Nova Petrópolis.
FOTO: PREFEITURA MUNICIPAL DE TORRES
Aeroporto de Torres: a hora é agora, deixando claro que não sou contra os demais já citados neste texto, porém, Torres está com a base - digamos assim, pronta, necessitando, evidentemente, da instalação de equipamentos adequados para operações aéreas.
Enquanto escrevo este texto, observo a informação que a Infraero tem interesse em administrar o aeroporto de Torres, esclarecendo que está a disposição e preparada, tanto com recursos financeiros quanto técnicos e operacionais, também para administrar aeroportos de outras regiões do Rio Grande do Sul.
Ah! Sim.
Alguém poderá dizer que não existe demanda, ou que as empresas aéreas poderão não concordar, etc... etc... etc...
Também é verdade.
Há 30 anos alguém já dizia isso e, até hoje, na aconteceu.
Sendo assim, eu não tenho dúvida: Aeroporto de Torres: a hora é agora.
E quanto ao Porto Meridional de Arroio do Sal, que citei no início do texto?
IMAGEM: DTA ENGENHARIA | DIVULGAÇÃO
É preciso acreditar que aconteça em um futuro não muito distante.
O que observa-se em se tratado de notícia é que o empreendimento aguarda a emissão da licença ambiental, que está em fase de análise no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Ibama.
Não quero acreditar que o Rio Grande do Sul deva esperar mais 30 anos por um empreendimento desta grandiosidade.
É preciso acreditar.
Eu acredito, mas sempre fazendo valer a expressão: "Quem viver verá".
Eu quero viver, pra ver acontecer.
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*VOLTENCIR FLECK
Radialista e Jornalista
Editor do Site Cidade de Gramado Online
Apresentador do Programa Pelos Caminhos do Rio Grande - "o único programa de Turismo, Cultura, Negócios e Serviços do Rádio Gaúcho", levado ao ar, semanalmente, em podcast - por emissoras do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná e do Distrito Federal.
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