Por: Abdon Barretto Filho | *ABF
📸 *ABF | ARQUIVO PESSOAL
O fenômeno turístico está presente em todo o mundo.
Os avanços tecnológicos que permitem as divulgações de atrativos geográficos, históricos, culturais estão influenciando o consumo do tempo livre, com outras variáveis, em viagens.
Além disso, as segmentações das ofertas e os acessos rodoviários, aéreos, ferroviários e aquaviários (fluvial e marítimo) aos núcleos receptores estão gerando empregos, rendas, impostos e autoestima para cada comunidade preparada para o bem receber.
É óbvio que depende do interesse político e empresarial e de acordo com planejamento, organização e direção e controle para evitar os choques com as comunidades locais.
Convém salientar que para entender e fazer a gestão no fenômeno turístico são necessários recursos humanos que estudam disciplinas transversais nas ciências humanas, porque são pessoas que atendem pessoas.
A Economia do Turismo integrou o currículo básico dos Cursos de Bacharelado em Turismo em todo o Brasil.
Tive a honra e o prazer de ser um dos economistas responsáveis pela disciplina ministrando aulas, realizando palestras e projetos.
Alguns colegas demonstram interesses sobre o tema, principalmente quando começaram entender o fenômeno turístico e suas implicações nos países desenvolvidos.
As aplicações das teorias econômicas na macro e na micro economia do sistema turístico são reais e contribuem no desenvolvimento econômico.
É considerado como produto de exportação, porque o visitante é quem se desloca até o destino turístico para ter interações sociais e experiências inesquecíveis.
Inicialmente, as pesquisas e os casos foram estudados reconhecendo os deslocamentos de pessoas que levam seus recursos financeiros para consumir bens e/ou serviços distantes das suas residências habituais.
Foram comprovados que os gastos dos visitantes podem injetar recursos financeiros no núcleo receptor.
Alguns estudos identificaram que a cada US$100,00, US$ 30,00 são para hospedagens e US$ 70, 00 são gastos nos transportes locais, gastronomia, visitas aos atrativos e às compras no comércio de interesse turístico.
Logo, o interesse em atrair visitantes com recursos financeiros, tempo livre e vontade gastar foi aumentando.
Os estudos da Oferta e da Demanda aumentaram.
Em alguns países, surgiram as Políticas Públicas para equilibrarem o mercado crescente, definindo as necessidades na estruturação dos bens e/ou serviços, assim como a preservação ambiental, cultural e social de cada núcleo receptor.
Além disso, foram determinadas as responsabilidades dos setores públicos e privados.
Quem deveria investir no Marketing dos Destinos Turístico?
E no City Marketing?
Alguns países assumiram os investimentos e são os maiores receptores de fluxos de visitantes.
Em outros, a iniciativa privada assumiu uma série de investimentos gerando novas ofertas e captações de visitantes (O primeiro Convention Bureau no mundo foi criado em 6 de fevereiro de 1896, em Detroit -EUA).
Também, as parcerias entre setores públicos e privadas conseguem bons resultados.
Na realidade, utilizando-se das Contas Satélites que é um instrumento estatístico idealizado para gerar informações sobre o desempenho do turismo na economia com a finalidade de mensurar o que é produzido e consumido pela atividade turística.
Foi criado na Organização Mundial do Turismo, hoje ONU Turismo – UN Tourism e observa-se que os países do primeiro mundo lideram a Economia do Turismo.
No Brasil, infelizmente, os eternos Planos sobre o Turismo nos setores públicos são interrompidos a cada 4 anos com as confirmações de gestores neófitos ocupando os mais importantes cargos, com honrosas exceções.
Será?
Respeitam-se todas as opiniões contrárias.
São reflexões.
Podem ser úteis.
Pensem nisso.
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*ABDON BARRETTO FILHO (FOTO)
Economista e Mestre em Comunicação Social
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