Por: Abdon Barretto Filho | *ABF
📸 *ABF | ARQUIVO PESSOAL
O visitante ao chegar em uma cidade, por motivos diversos, injeta dinheiro na economia local, ao consumir bens e/ou serviços produzidos e vendidos no núcleo receptor.
É o dinheiro novo que chega e é diluído nos mais diversos serviços, a saber: transporte interno na cidade, alimentação, comércio local, participações em eventos, entretenimentos e lazer.
Não é nenhuma novidade.
Na realidade, é o óbvio que muitas vezes é ignorado por desconhecimento ou falta de estudos dos responsáveis pelas políticas públicas e/ou estratégias do bem receber.
O fenômeno turístico apresenta bons resultados em todo o mundo quando existe a estruturação da oferta para cada visitante e, por consequência, para o habitante.
Todo investimento para o bem receber, torna-se disponível para o residente, durante o período da visita e após o visitante retornar ao seu local de residência.
É sempre bom recordar que a cidade será boa para o visitante se for boa para o habitante.
Nos livros e pesquisas sobre a Economia do Turismo existem diagnósticos e prognósticos orientando os interessados no tema.
Recentemente, ao apresentar o Plano de Ação Imediata para o Turismo Receptivo em uma cidade, citei onze propostas que venho trabalhando há alguns anos.
Em uma delas, sugiro a promoção e divulgação de atrativos que possam ser visitados em duas, quatro, seis, oito horas pelos excursionistas que chegam até a cidade, consumindo seu tempo livre no local.
A expectativa do visitante excursionista tornar-se visitante turista de um ou vários dias depende do seu interesse e da oferta turística delimitada com produtos turísticos adequados, qualificados e capazes de chamarem atenções e garantirem boas experiências.
No marketing das cidades, após diagnósticos profissionais, o tema é desenvolvido a partir das análises dos fluxos de visitantes e seus perfis, incluindo motivações das visitas e gastos médios.
Algumas cidades, estão contentes com excursionistas e outras, não.
Alguns excursionistas podem gerar fluxos de visitantes indesejáveis e ameaçam a sustentabilidade do fenômeno turístico.
Quando isso acontece, existem ações no mercado que influenciam as demandas, incluindo o aumento na precificação da oferta.
Porém, o maior problema da maioria das ofertas turísticas é a falta da demanda turística.
Muito planejamento, com modelos teóricos que ignoram o mercado, porque falta promoção do destino turístico e sem apoios e incentivos à comercialização.
Além disso, a falta de continuidade das ações mercadológicas e um número crescente de neófitos que desconhecem as contribuições da economia do turismo, concretizadas nas injeções de recursos financeiros no núcleo receptor.
A ignorância sobre o tema prejudica o desenvolvimento do turismo receptivo.
Será?
São reflexões.
Respeitam-se todas as opiniões contrárias.
Podem ser úteis.
Pensem nisso.
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*ABDON BARRETTO FILHO (FOTO)
Economista e Mestre em Comunicação Social
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