Segundo a Organização Mundial do Turismo, o planejamento do fenômeno turístico, em todos os níveis (local, regional, estadual, nacional) permite uma gestão racional dos recursos, evitando-se um desenvolvimento desequilibrado dos mesmos, ajudando a preservar os benefícios econômicos, sociais e ambientais, ao mesmo tempo em que minimiza seus custos.
Entretanto, o processo de planejamento não é simples, ao contrário, resulta ser um processo complexo devido aos múltiplos fatores que são considerados no Destino turístico.
Implica na necessidade da gestão da informação abundante e adequada relativa à segmentação do mercado, facilitando a tarefa de conservar o entorno, não só em benefícios dos residentes e também em benefício de inversões turísticas em longo prazo.
No caso da segmentação do mercado do Turismo, o desafio é entender e compreender as possibilidades de aumentar fluxos de visitantes atendendo a demanda por determinados aspectos geográficos, históricos, culturais, equipamentos e serviços.
O segmento do Turismo Paleontológico Sustentável tem uma demanda constante identificada pelo interesse em conhecer os achados fósseis e réplicas em museus e sítios delimitados para pesquisas e visitações.
Em conversas com pesquisadores e profissionais do segmento, observa-se que o visitante pode ser atraído pela informação qualificada e pelo imaginário temático.
De uma maneira geral, o visitante quer conhecer e ter experiências durante sua visita.
Logo, o destino turístico necessita apresentar o produto turístico diferenciado, com atrativos e infraestrutura adequada, seja ele urbano e/ou rural, para gerar emprego, renda e impostos, além de desenvolver a autoestima do núcleo receptor.
O Turismo Paleontológico Sustentável é uma realidade e, para algumas cidades, uma verdadeira dádiva da natureza quando a ciência confirma uma série de locais que podem ser atrativos internacionais, necessitando planejamento, gestão, controle e avaliação para transformar a pré-história, por exemplo, em atividades que possam melhorar a qualidade de vida da população.
Afinal, para que serve uma moeda no fundo do oceano?
Do que adianta ser referência mundial em achados fósseis se a população local não é beneficiada?
Talvez, seja um grande desafio conseguir conciliar os interesses científicos das importantes pesquisas e os desejos dos visitantes ávidos pelos conhecimentos disponíveis, em linguagens adequadas, sobre os fósseis de criaturas triássicas (antes do jurássico), por exemplo.
Os paleoartistas, os imaginadores, os profissionais de marketing e turismo podem contribuir para diminuir as incertezas dos sucessos dos projetos que não precisam ficar esperando mais duzentos milhões de anos para ser disponibilizado no mercado turístico.
No Rio Grande do Sul, os avanços continuam nas cidades integrantes da Rota Paleontológica e do Roteiro “ Fósseis do Triássico “, iniciando-se em Porto Alegre, nos seus Museus com seus acervos fósseis e réplicas, continuando a viagem para visitar em São João do Polêsine, o CAPPA – Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica; Santa Maria, cidade coração do Rio Grande do Sul, Berço dos Dinossauros e a Mata, cidade da Pedra que foi Madeira, com suas árvores petrificadas de 200 milhões de anos ( “ in situ”) no Jardim Paleobotânico, entre outros atrativos mundiais. Convém salientar que alguns trabalhos da Segmentação do Turismo Gaúcho foram interrompidos pelas constantes mudanças políticas nos órgãos oficiais de turismo.
Os empreendedores continuam trabalhando para manter a oferta qualificada.
Ainda bem.
Será?
Respeitam-se todas as opiniões contrárias.
São reflexões.
Podem ser úteis.
Pensem nisso.
*Textos e podcasts em www.peloscaminhosdoriogrande.com.br, www.cidadedegramadoonline ewww.abdonbarrettofilho.com.br
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