Por: Abdon Barretto Filho | *ABF 📸 *ABF | ARQUIVO PESSOAL
Durante as minhas mentorias, consultorias e palestras alguns participantes demonstram interesses nas aplicabilidades das teorias e práticas do marketing nas cidades e nas empresas do setor.
Alguns não conseguem perceber que o produto principal ( Destino=Cidade ) tem uma relação direta com os equipamentos e serviços disponíveis para o bem receber.
Talvez, por falta de conhecimentos profissionais, imaginam que o visitante não faça a relação direta entre os aspectos geográficos, históricos, culturais, eventos diversos e os serviços receptivos, principalmente a hotelaria, gastronomia, entretenimento e lazer.
Para os profissionais integrantes da cadeia produtiva receptiva, os trabalhos são iniciados com a imagem da cidade, acessos, atrativos e bens e/ou serviços.
Em determinados momentos, as Políticas, as Estratégias, as Táticas e as Operações devem convergir para o objetivo geral e os objetivos específicos que envolvem o transportar, visitar, alimentar, entreter, comprar e dormir.
Existem interdependências capazes de atraírem ou não visitantes.
A segurança é fundamental, assim como a comodidade e a hospitalidade do núcleo receptor são capazes de criarem experiências memoráveis ou não.
Enquanto o City Marketing foca na promoção e na geração de negócios na cidade, criando imagens e narrativas que possam atrair visitantes, o Marketing da Hotelaria aproveita essas narrativas para promover os benefícios de hospedagens e confortos adequados para complementarem as experiências dos visitantes na cidade.
Ambos se beneficiam mutuamente, sendo que a percepção positiva da cidade favorece a atratividade da rede hoteleira que deve reforçar a imagem positiva do destino.
Logo, devem buscar visitantes em conjunto realizando as ações profissionais nos mercados emissores.
Existem excelentes exemplos positivos e negativos em várias cidades.
Atualmente, salvo melhor juízo, os setores do marketing da hotelaria estão sendo reduzidas ou eliminados, sendo entregues às plataformas e/ou operadores interessados apenas na lucratividade de curto prazo.
Análises de resultados, retorno do capital investido, controles de custos, reservas para manutenções e o marketing de relacionamentos podem ser ignorados a curto prazo, esquecendo as separações entre negócios hoteleiros e negócios imobiliários.
Os posicionamentos positivos são perdidos e o sucateamentos são visíveis ameaçando o ciclo de vida da hotelaria, abrindo espaços para vendas dos patrimônios desvalorizados e os controles das redes internacionais, com raras exceções.
A ocupação hoteleira reduzida pode ser um sinal que a cidade não está conseguindo atrair visitantes, principalmente hóspedes.
Não pode ser omissa nas Políticas Públicas e nas ações nos mercados emissores.
Então, salvo melhor juízo, é necessário que a hotelaria seja atuante também no City Marketing.
Será?
Respeitam-se todas as opiniões contrárias.
São reflexões.
Podem ser úteis.
Pensem nisso.
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*ABDON BARRETTO FILHO (FOTO)
Economista e Mestre em Comunicação Social
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